A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) adoptou, a 3 de Outubro de 2011, um parecer científico sobre os perigos para a saúde pública que devem ser tidos em conta na inspecção da carne, no qual chegou à conclusão que as apalpações e incisões exigidas actualmente na inspecção post mortem apresentam um risco de contaminação cruzada com perigo bacteriológico.
A EFSA concluiu também que nos porcos submetidos a abate comum, a apalpação ou as incisões utilizadas nas actuais inspecções post mortem devem ser omitidas, já que o risco de contaminação microbiana cruzada é mais elevado que o risco associado às possíveis deficiências na detecção das afecções que se procuram em tais inspecções. O uso destas técnicas manuais durante a inspecção post mortem deve estar limitado aos porcos que sejam considerados suspeitos por detecção visual post mortem de anomalias pertinentes.
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No caso de que os dados epidemiológicos ou outros dados sobre a exploração de procedência dos animais, a informação sobre a cadeia alimentar ou as conclusões da inspecção ante mortem ou da detecção visual post mortem de anomalias pertinentes indiquem possíveis riscos para a saúde pública, a saúde animal ou o bem-estar dos animais, o veterinário oficial deve ter a possibilidade de decidir quais as apalpações e incisões que devem ser levadas a cabo durante a inspecção post mortem a fim de determinar se a carne está apta para o consumo humano.
Tendo em conta o parecer da EFSA, mostrou-se conveniente modificar os requisitos específicos para a inspecção post mortem dos suínos domésticos, estabelecidos na secção IV, capítulo IV, parte B, do anexo I do Regulamento (CE) Nº 854/2004, como tal a Comissão acaba de publicar o Regulamento (UE) Nº 219/2014 que modifica o anexo I do Regulamento (CE) n o 854/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho pelo que respeita aos requisitos específicos para a inspecção post mortem dos porcos domésticos.
Sábado, 8 de Março de 2014/ DOUE/ União Europeia.
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