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UE: Salmonella e Campylobacter apresentam níveis significativos de resistência aos antimicrobianos comuns

Estirpes de Salmonella resistentes a múltiplos fármacos continuam a espalhar-se por toda a Europa e foi detectado em vários Estados Membros uma elevada resistência à ciprofloxacina em Campylobacter.

2 Março 2015
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A EFSA publicou um relatório sobre as resistências antibióticas segundo o qual Estirpes de Salmonella resistentes a múltiplos fármacos continuam a espalhar-se por toda a Europa e foi detectado em vários Estados Membros uma elevada resistência à ciprofloxacina em isolamentos de Campylobacter em seres humanos e animais.

Principais conclusões

Em Salmonella foram detectados com frequência resistência aos antimicrobianos comummente usados em humanos e animais (especialmente  em isolados de frangos de engorda e perús) e produtos derivados de carne. A resistência a múltiplos fármacos foi alta (31,8% em seres humanos, 56,0% em frangos, 73,0% em perús e 37,9% em porcos de engorda). Por outro lado, a contínua propagação de clones particularmente resistentes a múltiplos medicamentos detectados em humanos e animais (frangos, porcos e bovinos) é motivo de preocupação.

Em relação ao Campylobacter, detectou-se resistência aos antimicrobianos de uso comem em humanos e animais (especialmente frangos, porcos e bovinos). Nos alimentos, detectou-se resistência na carne de frango. A resistência à ciprofloxacina, um antimicrobiano de importância crítica, foi particularmente alto em humanos (o que significa que se reduzem as opções de tratamento para as infecções graves devidas a estas bactérias zoonóticas). Para o Campylobacter jejuni mais da metade dos isolados procedentes de humanos e frangos (54,6% e 54,5% respectivamente) eram resistentes, juntamente a 35,8% em bovinos. Para C. coli dois terços dos isolados em humanos e frangos eram resistentes (66,6% e 68,8%, respectivamente) juntamente com 31,1% dos isolados de porcos.

Os níveis de co-resistência a antimicrobianos de importância crítica em Salmonella foram baixos (em humanos 0,2%, em frangos 0,3% e em porcos de engorda e perús 0% enquanto que de Campylobacter detectaram-se, em geral, níveis de baixos a moderados em animais (em isolados de C. jejuni de frangos e bovino 0,5% e 1,1%, respectivamente, em isolados de C. coli de frangos e porcos de engorde 12,3% e 19,5%, respectivamente) e níveis baixos em humanos (1,7% em C. jejuni e 4,1% em C. coli).

Terça-Feira, 26 de Fevereiro de 2015/ EFSA/ União Europeia.
http://www.efsa.europa.eu

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