Apesar do acordo comercial alcançado entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), a saída da União Aduaneira e do Mercado Único da UE implica controlos adicionais, novos requisitos de rotulagem e certificação e atrasos nos portos. Ainda que não se tenham notado todas as repercussões das novas normas, já que os volumes de exportação do Reino Unido continuam a ser inferiores ao normal nesta época do ano, há alguns sectores, como o suíno, que estão a ser gravemente afectados.
Os transformadores de carne de porco têm tido importantes atrasos em vários portos, como Dover e Calais, devido ao excesso de papéis que é necessário após o Brexit. Em consequência, cada vez estão mais relutantes em realizar envios com medo de que sejam rejeitados devido à deterioração do produto.
Segudo a Associação Nacional de Suinicultores (NPA), os transformadores reportaram uma série de problemas, como o rigor na avaliação da documentação por parte das autoridades de alguns portos, como: Reino Unido, França, Irlanda e Países Baixos. Nalguns casos, a carga foi retida durante 20 horas para realizar os controlos veterinários para ser rejeitada no destino final devido ao atraso. Também denunciam o tempo excessivo que é necessário, inclusive mais de 9 horas, para preparar os documentos adicionais solicitados ou que alguns certificados sanitários de exportação necessitem até 12 carimbos para a versão em diferentes idiomas, por duplicado (neste momento não existe a versão electrónica, todos os certificados têm que ser em suporte papel).
Nos primeiros 10 meses de 2020, o Reino Unido exportou mais de 180 mil toneladas de carne de porco para a UE, o que representa 44% das exportações de carne de porco do Reino Unido.
15 de Janeiro de 2021/ Boletim de Noticias do Exterior-MAPA/ Espanha.
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