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Os baixos preços das rações e um censo de reprodutoras ligeiramente superior após sete anos de descida fazem com que se preveja um novo aumento da produção de carne de porco para este ano. Apesar dos baixos preços ao início do ano ( por exemplo 130 euros/100 kg peso carcaça ou preços em Janeiro deste ano 18% abaixo da média 2010-2014), os abates aumentaram de forma excepcional até 5,6% durante o primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo periodo do ano passado. Se bem que todos os principais Estados Membros produtores tenham contribuído para este incremento, os crescimentos mais notáveis registaram-se em Espanha (+11,7%), impulsionados pelo forte incremento no número total de porcos (em particular, para as porcas: + 5%) e na Polónia (+ 6,6%), onde pelo contrário o número de porcas reprodutoras manteve-se sem alteração. Dada a diminuição do peso da carcaça registado na Polónia no primeiro trimestre (-2,4%), este crescimento da produção poderá ser devido a um aumento no número de leitões por porca e às importações de leitões que permanecem fortes. A maior produção foi registada também nos outros principais produtores de carne de porco: Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica, França e Reino Unido. Apesar dos preços mais baixos das rações, alguns produtores de porcos podem enfrentar dificuldades financeiras já que os preços da carne nem sempre cobrem os custos de produção, portanto, espera-se uma desaceleração no aumento da produção neta para o que resta deste ano (+1,8% em Abril - Dezembro em comparação com o mesmo periodo de 2014). Isto poderá limitar o aumento global anual da produção para 2015 à volta de 3% anual e 0,9% em 2016.
O aumento da produção, os preços mais baixos da carne, um euro mais fraco e uma forte procura pela parte da Ásia deram uma série de vantagens às empresas que exportam carne de porco da UE e levaram a um aumento das exportações de carne de porco da UE a um nível mais alto que em 2014. Durante os primeiros quatro meses de 2015, as exportações de carne de porco aumentaram à volta de 4% devido ao aumento das exportações para as Filipinas, China, E.U.A. e Singapura. Na Coreia do Sul, a menor produção em consequência da presença de febre aftosa e do vìrus da diarreia epidémica suína (DES) aumentaram as importações em mais de 30% em volume (desde Janeiro a Maio de 2015 em comparação com o mesmo periodo do ano anterior). Os menores volumes exportados para o Japão sugerem que o país começou a recuperar do episódio de DES de 2014. Contudo, as exportações de carne de porco da UE podem continuar a aumentar impulsionadas pela forte procura mundial, o aumento da competitividade no mercado mundial devido a um euro depreciado frente ao dólar americano e à previsão de uma menor oferta por parte do Brasil, um dos competidores da UE na Ásia, para encerrar 2015 com quase 140.000 toneladas mais que as exportadas em 2014. Para 2016, as exportações da UE podem continuar o seu aumento dadas as perspectivas de uma maior produção, uma procura mundial dinâmica e um consumo interno relativamente estável.
Sexta-feira, 10 de Julho de 2015/ DG Agriculture/ União Europeia.
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