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USDA: Projecções para a colheita de milho e soja em Fevereiro de 2022

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou os seus relatórios mensais de oferta e procura de grãos e oleaginosas, nos quais se fizeram ajustes importantes aos volumes de colheita do Brasil e da Argentina principalmente para a soja.

1 Março 2022
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Os factores climáticos adversos continuam a complicar o desenvolvimento das colheitas de milho e soja na Argentina, enquanto que as intensas chuvas continuam a restringir os trabalhos de colheita da oleaginosa no centro–oeste brasileiro, situações que sustentam os preços das duas matérias-primas na bolsa de Chicago.

Milho

A nível global, o USDA estima que a produção global de milho atingirá 1205,3 milhões de toneladas (mt) para a campanha 2021/22, cifra que está 7.3% acima do consolidado para o período 2020/21 (1123,1 mt).

Para os grandes produtores mundiais, não se apresentam variações significativas relativamente ao relatório anterior de Janeiro. Com efeito, para os Estados Unidos, a produção para este novo ciclo mantém-se em redor dos 383.9 mt, com um crescimento de 7.1% em relação à campanha anterior (358.4 mt). Por outro lado, a China, aumentará a sua oferta interna em 4.6% atingindo os 272.6 mt. A seguir, temos o Brasil, cujo volumem de produção atingirá os 114 mt, aumentando assim 31% em comparação com a campanha 2020/21 (87 mt). Por último, temos as produções da União Europeia e da Argentina, com volumes de 70 e 54 mt, os quais representam aumentos de 4.3 e 4.9% em relação à campanha anterior respectivamente.

Por outro lado, as exportações mundiais do grão dariam conta de um aumento de 12.7%, passando de 180.8 mt no período anterior para 203.7 mt nesta nova campanha. O anterior estaria suportado principalmente, pelo aumento dos volumes de exportação do Brasil e da União Europeia, os quais compensariam, em grande medida, a diminuição que se espera para os Estados Unidos, que reduzirá as suas exportações em cerca de 11.9%, passando de 69.9 para 61.6 mt respectivamente.

Finalmente, vale a pena mencionar que se espera uma redução de 11.9% nas importações de milho da China, as quais se situariam em 26 mt e seriam compensadas pelo aumento da sua produção interna (+4.6%).

Soja

A produção mundial da oleaginosa para a nova campanha descerá 0.6% em relação à campanha 2020/21, passando de 366.2 para 363.9 mt. Os Estados Unidos destacam-se com o maior crescimento de entre os principais produtores (+5.2%), ao passar de 114.7 para 120.7 mt. Pelo seu lado, as colheitas do Brasil e da Argentina decrescerão 2.9 e 2.6%, respectivamente, com produções de 134 e 45 mt.

A actividade exportadora para esta nova campanha será liderada pelo Brasil com 90.5 mt, crescendo, assim, 10.8% em relação à campanha anterior, enquanto que os Estados Unidos alcançará unicamente um volume de exportações de 55.8 mt, o que representa uma diminuição de 9.3% em relação à campanha passada. A China continuará a ser o principal importador com 97 mt.

USDA | Redacção Departamento de análise económica da 333 América Latina | https://www.usda.gov/

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