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USDA: projecções para a campanha de milho e soja em 2022/2023 – Março de 2023

Em relação ao relatório de Fevereiro, foram feitos cortes significativos na estimativa das exportações mundiais de milho, enquanto que para a soja, o volume da produção global voltou a cair, em grande parte devido às perdas e baixos rendimentos que a campanha argentina está a ter.

Gráfico 1. Projecção para os principais produtores mundiais de milho e soja - campanha 2022/23 (em milhões de toneladas). Elaborado pelo Departamento de Economia de Mercado com dados da FAS - USDA.
Gráfico 1. Projecção para os principais produtores mundiais de milho e soja - campanha 2022/23 (em milhões de toneladas). Elaborado pelo Departamento de Economia de Mercado com dados da FAS - USDA.
17 Março 2023
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Apresentamos os destaques dos últimos relatórios das estimativas de grãos e oleaginosas divulgados pelo USDA a 8 de Março:

Milho

  • A produção mundial de milho atingirá 1.147,5 milhões de toneladas (Mt), valor que significa uma queda de 5,6% em relação à campanha 2021/22 (1216,0 Mt).
  • Para os Estados Unidos, a produção deverá ficar em cerca de 348,8 Mt, caindo 8,9% em relação à temporada anterior (382,9 Mt), enquanto a China deverá aumentar a sua produção em 1,7%, chegando a 277,2 Mt. Pelo seu vez, a União Europeia deverá cair 23,6% com 54,2 Mt, enquanto a Ucrânia, com 27,0 Mt, apresentará uma queda de 35,9%.
  • Para o Brasil, foi mantida a projecção de 125 Mt, o que representa um crescimento de 7,8% em relação à temporada anterior, enquanto que para a Argentina foi novamente feito um corte acentuado, que colocaria a produção em apenas 40 Mt (que seria a menor dos últimos 5 anos), o que representa uma queda de 19,2% em relação ao ciclo 2021/22.
  • As exportações mundiais de grãos cairiam 15,1%, passando de 205,7 Mt na campanha 2021/22 para 174,7 Mt no novo ciclo. Isto poderá ser explicado pelas quedas na União Europeia (-63,3%), Estados Unidos (-25,1%), Argentina (-18,6%) e Ucrânia (-12,9%).
  • A oferta exportável da América do Sul apresentou mudanças significativas, pois aumentaria neste novo ciclo em 3,1% para o Brasil com 50 Mt, enquanto para a Argentina as exportações cairiam 18,6%, atingindo apenas 28 Mt.
  • A China deverá importar cerca de 18 Mt de milho, o que significa uma queda de 17,7% em relação à temporada anterior (21,9 Mt), enquanto a União Europeia aumentaria suas importações a uma taxa de 18,8% com 23,5 Mt.
  • Os stocks finais deverão cair 3,0% em todo o mundo, fixando-se em 296,5 Mt. De facto, para a Ucrânia, a União Europeia, o Canadá, os Estados Unidos e a China, os stocks deverão cair 53,0%, 26,2%, 9,5%, 2,6% e 0,9%, respectivamente , enquanto que para o Brasil, Egipto e Irão, os stocks deverão crescer 87,9%, 15,1% e 13,7%, respectivamente.

Soja

  • A produção mundial de soja para a campanha 2022/23 deverá aumentar 4,7% em relação ao ciclo anterior, passando de 358,1 para 375,1 Mt.
  • As estimativas para as produções da América do Sul apresentam um aumento de 18,1% para o Brasil, que deverá chegar aos 153 Mt, enquanto que para a Argentina projecta-se uma queda de 24,8%, com 33,0 Mt.
  • O Paraguai deverá aumentar a sua produção em 139,1% relativamente à campanha 2021/22 (4,2 Mt), atingindo uma produção de 10 Mt, o que significaria um regresso aos níveis habituais anteriores a 2020/21.
  • Neste novo relatório, projecta-se uma produção de 116,4 Mt para os Estados Unidos, o que representa a uma queda de 4,2% em relação ao ciclo 2021/22, quando foram atingidos 121,5 Mt.
  • A actividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 92,7 Mt, crescendo 17,2% em relação ao ciclo anterior (79,1 Mt), enquanto os Estados Unidos atingiriam um volume de exportação de 54,8 Mt, número que representa uma queda de 6,6% em relação ao ano passado (58,7 Mt).
  • Para a Argentina, as exportações previstas são de 3,4 Mt, o que significaria um aumento de 18,8% em relação à campanha 2021/22 (2,9 Mt).
  • A China deverá importar 96 Mt, crescendo 4,8% em relação ao ciclo 2021/22 (91,6 Mt).
  • Os stocks finais da oleaginosa aumentariam 1,0% globalmente, chegando a 100,0 Mt. Porém, para os Estados Unidos, Argentina e União Europeia, os stocks cairiam 23,4%, 17,2% e 7,4% respectivamente, enquanto, para o Brasil e China, aumentariam 17,3% e 9,2%, respectivamente.

Redação Departamento de Economia 333 América Latina com dados da USDA | Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/

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