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Preços internacionais da carne
Os preços da carne medidos pelo FAO Meat Price Index atingiram uma média de 175,7 em 2019, um aumento de 9,4 pontos (5,6%) em relação a 2018, recuperando-se de uma queda de 2,3% registada em 2018. Um rigor nas condições de mercado caracterizou o sector global de carne em 2019, como a redução da produção de carne de porco que caiu devido à grande perda de efectivo de suínos devido à Peste Suína Africana (PSA) na China e em outros países do Sudeste da Ásia. Embora a produção de outros tipos de carne, especialmente aves, tenha aumentado, foi insuficiente para preencher a lacuna criada pela queda na produção de suínos. Este facto, por sua vez, criou um déficit de carne no Sudeste da Ásia, com um aumento paralelo na procura na importação. Muitos países produtores de carne responderam aumentando a produção e as exportações de carne, mas as exportações globais combinadas, ainda estavam muito abaixo do nível exigido para suprir o déficit, provocando um aumento nos preços internacionais da carne.
Produção mundial de carne
A produção mundial de carne em 2019 caiu 1,0% em 2018, para 338,8 milhões de toneladas (em peso-carcaça equivalente). A queda foi causada principalmente por um declínio de 9,2% na produção global de carne suína, já que a PSA dizimou o efectivo de suínos no Sudeste da Ásia, especialmente na China, o maior produtor mundial de carne de porco. Em resposta, os principais produtores de carne do mundo expandiram a produção de outras carnes, especialmente aves, beneficiando de um ciclo de produção mais curto, compensando parcialmente o déficit de carne de porco.
Em todos os países, a China registou um declínio de 8,8% na produção geral de carne equivalente a 7,8 milhões de toneladas), uma vez que a produção de carne de porco caiu 21%, mas compensada pelo aumento noutros sectores, principalmente aves. O Vietname teve uma queda de 15% na produção de carne de porco. No entanto, foram registadas expansões significativas na produção de carne nos Estados Unidos da América, Brasil, Índia, México, Federação Russa, Canadá e Argentina. O forte aumento na procura de carne importada foi o principal motivo por trás dessas expansões na produção de carne.
Exportação mundial de carne
As exportações de carne cresceram 6,8%, para 36 milhões de toneladas em 2019, com o maior crescimento registado para carne de porco, seguida pela carne de bovino e de aves. Induzida pelo grande déficit de carne, a China importou 37% em 2019 (cerca de 2 milhões de toneladas) do que em 2018, com aumento de compras em todas as categorias de carne. Por outro lado, vários países, especialmente Angola, Vietname, Iraque, Federação Russa, África do Sul, Arábia Saudita e Estados Unidos da América, reduziram suas importações de carne, sustentadas por aumentos na produção interna, preocupações com doenças animais, questões relacionadas a requisitos de certificado de carne ou uma combinação dos mesmos. Grande parte do aumento dos envios em 2019 teve origem na União Europeia, Brasil, Argentina, Austrália, México, Ucrânia e Tailândia. Apesar do aumento na produção de carne, as disputas comerciais reduziram a expansão das exportações dos Estados Unidos da América - o segundo maior produtor mundial de carne.
Abril de 2020 / FAO.
http://www.fao.org/
